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Campos dos Goytacazes, Segunda, 29 de Abril de 2024

TJ-RJ tem novas desembargadoras


04/12/2009 13h44

Do Jornal do Commercio

04/12/2009 - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) conta com duas novas integrantes. Marcia Ferreira Alvarenga, juíza da 11ª Vara de Órfãos e Sucessões, e Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes, então titular do 4º Tribunal de Júri da capital, assumiram como desembargadoras, em solenidade de posse, realizada na última segunda-feira, na sede da Corte, no Centro. Ambas são magistradas de carreira e foram promovidas pelo Órgão Especial do Judiciário fluminense pelos critérios de antiguidade e merecimento, respectivamente.

Marcia ocupa a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Orlando de Almeida Secco, enquanto Maria Angélica assumiu a vaga da desembargadora Valéria Garcia da Silva Maron, que se aposentou no início do mês. O presidente do TJ-RJ, Luiz Zveiter, afirmou que as magistradas, a partir de agora, terão uma nova trajetória. Vocês agora deixaram a angústia de uma decisão solitária dentro dos seus lares e passarão a dividir esta responsabilidade, não menos angustiante, com seus colegas. Isso é o início de uma nova trajetória, afirmou.

As magistradas receberam as boas-vindas do desembargador Marcus Faver, que discursou na posse em nome do tribunal. Ele alertou as magistradas sobre a responsabilidade do juiz perante a sociedade. A função política do Poder Judiciário é essencial à própria sobrevivência do Direito e do Estado Democrático. Cumpre ao juiz ser fiel ao compromisso com a Justiça como fizeram as duas agora, disse.

De acordo com Faver, a sociedade deposita na Justiça suas últimas esperanças. Ele afirmou que as duas novas desembargadoras contribuirão muito para o TJ-RJ. Quando um tribunal recebe em seu seio duas juízas deste quilate, completas na sua formação ética, temos a certeza de que a corte de Justiça está enriquecida, engrandecida, disse.

O desembargador aproveitou o momento para criticar a situação política e institucional dos poderes da República. Segundo afirmou, o autoritarismo e a corrupção são dois cânceres que corroem as instituições no País. O autoritarismo e a corrupção têm levado a população brasileira ao descrédito no Judiciário, disse.

Perfis

A desembargadora Marcia Alvarenga está há 20 anos na magistratura do Rio. Ela se formou em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e exerceu a advocacia por 10 anos. Ela disse que essa trajetória lhe trouxe experiência e maturidade. É com imenso orgulho, honra, alegria e verdadeira felicidade que tomo posse, afirmou a desembargadora, destacando que o exercício da magistratura é extenuante, solitário, mas de grande responsabilidade social, uma vez que trabalha para o bem de todos.

A desembargadora Maria Angélica Guerra Guedes, por sua vez, está há 19 anos no Judiciário estadual. No dia da posse, afirmou que terá um novo caminho a trilhar, uma vez que passará a decidir com o colegiado. Com a mesma vontade de acertar, ressaltou. Ela comentou que, durante os 10 anos que esteve na presidência do 4º Tribunal do Júri, nunca houve monotonia. Todos os dias foram marcados pela singularidade, não houve mesmice. Estou livre, desarmada e ansiosa por novas descobertas. Continuo minha aprendizagem. Chega de solidão. Vou participar agora de um colegiado, de um Pleno, concluiu.

Vagas

O Tribunal de Justiça do Rio tem180 vagas de desembargador. No entanto, das 176 preenchidas, apenas 47 são ocupadas por mulheres. No momento, quatro vagas estão abertas: uma destinada a um magistrado de carreira, que ocupará a vaga do desembargador Sergio Cavalieri, recentemente aposentado, e três a serem indicados pelo Quinto Constitucional, sendo duas da Ordem dos Advogados do Brasil e uma do Ministério Público estadual.



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