Campos dos Goytacazes
São João da Barra
São Francisco de Itabapoana
Italva
Cardoso Moreira

Campos dos Goytacazes, Sábado, 04 de Maio de 2024

Dia do apagão do Judiciário mobiliza servidores

Dia do apagão do Judiciário mobiliza servidores


05/08/2010 15h39

Do jornal Valor Econômico

05/08/2010 - O dia nacional do apagão do Judiciário mobilizou servidores federais - o que inclui trabalhadores das justiças federal, eleitoral e trabalhista - de pelo menos 17 Estados do país. Foram realizadas paralisações de duas a 24 horas. O objetivo foi o de pressionar o Poder Legislativo e o Executivo a aprovarem um novo plano de cargos e salários para a categoria. Assim, o vencimento básico de auxiliares, técnicos e analistas judiciários passaria a ser, em média, 50% maior, fora as gratificações. Os servidores devem aguardar o andamento dos trabalhos no Congresso para se reunirem novamente no dia 24 de agosto, quando definirão quais serão os próximos passos.

O novo plano de cargos e carreiras (Projeto de Lei nº 6.613, de 2009) foi elaborado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o enviou ao Congresso Nacional em dezembro de 2009. O vencimento básico máximo de um técnico judiciário, por exemplo, que é a carreira da maioria dos servidores do Judiciário, pode passar a ser 56% maior. Isso sem contar com as gratificações de, no mínimo, 50% e o adicional de qualificação, que pode ser de 12,5% para doutores, 10% para mestres e 7,5% para especialistas. Além disso, segundo a própria Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Fenajufe), apesar da jornada de trabalho legal dos servidores ser de oito horas, há tribunais como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) que permitem a jornada de seis horas.

No próximo dia 24, ocorrerá uma reunião da diretoria para fazer um balanço sobre o dia nacional do apagão e analisar como vai o andamento do PL nº 6.613 no Congresso. Mas a adesão ao apagão já revela a necessidade de mobilização da categoria, afirma Ramiro Lopez, coordenador-geral da federação.

Servidores do Rio de Janeiro, Alagoas e Bahia resolveram cruzar os braços por 24 horas. Segundo Valter Nogueira Alves, técnico judiciário e diretor de finanças do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais no Estado do Rio (Sisejufe), pelo menos dez cartórios ficaram fechados na capital. Mas, segundo o técnico, a greve geral só deve ser retomada em setembro. Queremos aguardar para ver se a previsão de verba para o cumprimento do novo plano de cargos e salários será incluída no orçamento do Executivo, conforme acordo verbal firmado entre o presidente Lula e o presidente do STF, diz.

Em outros Estados, as paralisações foram temporárias. Em São Paulo, por exemplo, os servidores concentraram-se por duas horas em frente aos principais prédios das justiças eleitoral, trabalhista e federal da capital. A adesão foi, em média de 30% a 40%, afirma Angélica Olivieri, técnica judiciária e diretora executiva do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Estado de São Paulo (Sintrajud-SP).



1

Dúvidas? Chame no WhatsApp