Campos dos Goytacazes
São João da Barra
São Francisco de Itabapoana
Italva
Cardoso Moreira

Campos dos Goytacazes, Sexta, 19 de Abril de 2024

Cezar Britto saúda STJ pelos seus 20 anos


16/04/2009 07h42

Cezar Britto saúda STJ pelos seus 20 anos

“O vigésimo aniversário desta Corte, muito justamente chamada de Tribunal da Cidadania, é dia de gala para a Justiça brasileira. E o simples fato de esse dia merecer tais celebrações, reunindo autoridades da cúpula dos demais Poderes, mostra o sincero e espontâneo reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à sociedade, confirmando que trilha o caminho certo, a bela via da democracia, a maior já percorrida em nossa história republicana.” Com essas palavras, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, saudou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos seus 20 anos.

O presidente da OAB desejou, ainda, que o STJ se fortaleça ainda mais no cumprimento de sua missão institucional, “tornando cada vez mais altiva e ativa a autoexplicativa nomenclatura de Tribunal da Cidadania, que a sociedade brasileira tão justamente lhe atribuiu”.

Em seu discurso, Cezar Britto destacou que Constituição de 1988 foi sábia ao conceber como fundamental à preservação do Estado democrático de direito um Poder Judiciário mais independente, vigilante, forte e altivo.

Ainda em seu discurso, Britto ressaltou que, no início desta semana, os dirigentes dos três Poderes firmaram o II Pacto Republicano por um Sistema de Justiça mais acessível, ágil e efetivo. Mas, de acordo com ele, o pacto já nasceu sem perspectiva de crescimento, já que o Senado acabou de aprovar um projeto de emenda constitucional que atinge o Poder Judiciário, a PEC 12. “A simples inclusão, no corpo da Constituição Cidadã, de uma regra que estimula o calote já justificaria a sua não aprovação. Afinal, dívida é para ser paga, como está fazendo o Brasil perante os seus poderosos credores internacionais”, acrescentou.

Por fim, Cezar Britto afirmou que a PEC “fere fundo toda a sua generosa filosofia humanista. Revoga-a na prática. Relativiza o conceito histórico de dívida sob o qual se estruturou nossa civilização, deixando de vê-la como compromisso jurídico e moral a ser cumprido, para tornar-se uma hipótese, uma barganha, em que cabe ao mais forte estabelecer a regra do jogo e cumpri-la se lhe convier”.

 Íntegra do discurso do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto

 Leia mais:

Ministério Público destaca a importância do STJ no Estado de direito

Cesar Rocha destaca que ministros e servidores fazem a história bem-sucedida do STJ

Atualizado por: Edmar Soares Filho - Fonte: STJ


1

Dúvidas? Chame no WhatsApp