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FAMILIA DENUNCIA NA OAB: PRESO MORREU APOS SER ESPANCADO


21/08/2009 12h56

Fonte: O Diário

Familiares do ex-detento Sandro José Toyonaga de Carvalho, 35 anos, morto no último domingo (16), foram ontem à tarde na sede da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Campos) e denunciaram que ele não foi vítima de gripe suína. Dias antes de falecer, segundo o pai, cujo nome não foi revelado, ele teria sido agredido por agentes penitenciários da Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro.

Em depoimento, o pai contou que Sandro foi detido na madrugada do dia 13, no Turf Club, e que, segundo informações de um advogado que compareceu à 134ª Delegacia Legal (DL/Centro), seu filho teria sido espancado, mas não houve denúncia. Ele foi transferido para a unidade prisional na noite daquela quinta-feira. De acordo com o pai, pela manhã uma tida de Sandro foi levar remédios, roupas, lençóis e alimentos, mas a direção não autorizou a visita.

O pai disse, ainda, que a tia retornou na manhã de domingo e ficou sabendo que na noite anterior, Sandro passou mal e foi levado para o hospital. Ele soube da morte do filho por um vizinho, que disse que o corpo estava no Hospital Ferreira Machado (HFM).

Marcas estranhs - O pai afirma ter visto marcas estranhas no corpo do filho, na altura dos rins e pulmão, e que o atestado de óbito deu causa mortis indeterminada e suspeita de gripe suína. O declarante contou que, segundo parentes de outros detentos, Sandro ficou na triagem e que teria ficado pelado e sozinho em um ambiente fechado, o que acredita ter contribuido para a morte do ente querido.

OAB entra no caso

O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/Campos, Luiz Celso, garantiu tomar as providencias cabíveis. “Vamos ouvir diretor da unidade prisional, os agentes penitenciários envolvidos e ouvir o hospital por onde a vitima passou antes de morrer”, comentou Luiz Celso, que já sugeriu ao advogado da família para que seja feita a exumação do corpo e efetuar um exame mais detalhado e que seja apurada a causa morte. A reportagem tentou contato com o diretor da Casa de Custódia, Marcos Pontes, mas desta edição não obteve êxito.


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